sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Associação "Sopa dos Artistas" expõe na Biblioteca de Odemira

Até ao dia 20 de Setembro, está patente na Biblioteca Municipal José Saramago de Odemira uma exposição colectiva da autoria dos membros da “Sopa dos Artistas”, a Associação Local Odemirense de Artistas Plásticos.

Esta exposição conta com a participação de cerca de 14 artistas de diversas áreas, desde a pintura à joalharia, passando ainda pela escultura, cerâmica, fotografia e desenho. Alexandre Bastos, Alexandra Neves, Dorin Durbala, Gonçalo Condeixa, Inga Geckeler, Mathias Gomez, Otto Taufkirch, Raquel Ventura, Rita Morais, Saroja Van der Stegen, Tabea Wimmer, Thomas Wimmer, Vasco Tavares da Silva e Willem Hupje os artistas representados nesta exposição colectiva.
A exposição pode ser visitada de terça-feira a sábado, entre as 10.00 e as 18.00 horas, na Biblioteca Municipal José Saramago em Odemira.

Fonte: Rádio Sines
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sexta-feira, 29 de agosto de 2008

II Festa do Livro que vai decorrer de 29 de Agosto a 8 de Setembro,organizada pela Biblioteca Municipal de Castanheira de Pera

Irá decorrer entre os dias, 29 de Agosto e 08 de Setembro, a II Feira do Livro, junto ao Forúm Espaço Activo, organizada pela Biblioteca Municipal de Castanheira de Pera.
Do programa consta, várias actividades, tais como:
- Karaoke
- Balões
- Ciclo de Cinema
- Pinturas Faciais
Apareçam e divirtam-se!!!

(Informação divulgada pela Bibliotecária da Biblioteca Municipal de Castanheira de Pera, via E-Mail)

Cartaz (Clicar)

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quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Bibliotecas de praia são um sucesso

As bibliotecas de praia são uma das atracções do concelho nesta época de Verão. Antes de chegarem à praia, os banhistas lêem um livro ou um jornal. Há publicações para todos os gostos.

Vera Batista Martins

Os jovens participantes nos programas de Ocupação dos Tempos Livres (OTL) e Voluntariado Jovem para as Florestas receberam, ontem, a visita do director regional do Norte do Instituto Português da Juventude (IPJ).Esposende e Póvoa de Lanhoso foram os locais visitados por Vítor Baltazar Dias, que tentou perceber, in loco, como estão a decorrer as iniciativas, no terreno.“

Aquilo que vi deixa-me satisfeito porque estamos a ir ao encontro dos objectivos principais dos programas que são proporcionar aos jovens umas férias agra-dáveis e úteis”, disse ao ‘Correio do Minho’ o director regional. E acrescentou: “os jovens sentem que contribuem para o bem estar da população e da comunidade e vão ganhando algum dinheiro, o que é bom para eles, porque vão sentindo alguma autonomia em relação à família e aos pais”.

Os objectivos do OTL e Voluntariado para as Florestas “foram claramente atingidos”, assegurou Vítor Dias.
O director regional levou, também, consigo algumas sugestões das gestoras dos projectos, com quem teve oportunidade de conversar.No âmbito do OTL, no concelho de Esposende existem 22 projectos para um total de 146 jovens abrangidos.Segundo a gestora das bibliotecas de praia de Esposende, Luísa leite, em dois meses, Julho e Agosto, são abrangidos um total de 14 mil utentes. “A componente familiar é muito importante e procuramos ter na biblioteca um pouco de tudo para agradar a pais, filhos e avós”, assegurou.

A consulta de livros e jornais nas bibliotecas de praia é livre e a única exi-gência que é feita aos leitores tem a ver com os jornais, que só podem ser solicitados um de cada vez.Catarina tem 17 anos e é uma das responsáveis pela biblioteca de Suave Mar, em Esposende. É a primeira vez que participa no OTL e está satisfeita com o seu trabalho. “Se tudo correr bem, para o ano volto a concorrer”, garantiu.Os veraneantes podem encontrar, ainda, as bibliotecas de praia em Cepães, Ofir e Apúlia.

Fonte: Correio do Minho
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terça-feira, 12 de agosto de 2008

Bibliotecas atraem utentes com conteúdos para leitores portáteis

Para não ficarem para trás na era digital, milhares de bibliotecas dos EUA estão a expandir os seus catálogos de livros, músicas e filmes que os utilizadores podem descarregar, gratuitamente, para os seus computadores ou leitores de MP3.

A Reuters refere o exemplo da cidade norte-americana de Phoenix, onde as bibliotecas locais criaram um catálogo digital que já conta com mais de 50.000 e-books, audiobooks, músicas e vídeos que podem ser reproduzidos em qualquer local.Uma vez descoberto pelos utilizadores, este programa tem-se revelado muito popular, revelou Tom Gemberling, bibliotecário responsável pelos recursos electrónicos da Biblioteca Pública de Phoenix.

A simplicidade do processo necessário para aceder aos conteúdos é outro factor de destaque: o cliente entra no site da biblioteca, escolhe os títulos que pretende e faz o download dos mesmos.Os ficheiros permanecem no computador do utilizador por um período que vai de uma a três semanas - dependendo da biblioteca e do título - antes de desaparecerem, poupando-lhe o trabalho de uma deslocação física à biblioteca.

Fonte: Ciberia e Reuters
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domingo, 27 de julho de 2008

Começou a operação de transferência de livros para a nova Biblioteca

A nova Biblioteca Municipal da Guarda, que deverá ser inaugurada no dia 27 de Novembro, dia do Feriado Municipal, já começou a receber o fundo documental que ficará acessível aos utilizadores.

Na segunda-feira, dia 21 de Julho, decorreu a entrega formal do edifício à Câmara Municipal, entidade proprietária do imóvel, e sob a coordenação da directora da Biblioteca, Ana Pessanha, foi iniciado o processo de transferência do espólio bibliográfico e documental do edifício do Solar Teles de Vasconcelos, onde funcionava a Biblioteca Municipal, para as novas instalações na Quinta do Alarcão, junto do Centro de Estudos Ibéricos.A nova Biblioteca, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, começou por receber os primeiros livros que vão ser desinfestados antes de serem colocados à disposição do público.

O processo de desinfestação assenta num sistema designado por “bolha” que contempla a utilização de estruturas de papel de alumínio vulcanizado, hermeticamente fechadas, onde será introduzido azoto e retirado o oxigénio, para eliminar os “bichinhos” que atacam os livros.Só após a realização deste processo é que o vasto fundo documental e livreiro será colocado nas salas e disponibilizado aos utentes da futura Biblioteca Municipal.

No entanto, a directora da Biblioteca, Ana Pessanha, garante que na abertura do novo equipamento, não será disponibilizada a totalidade das obras existentes, cerca de 75 mil, porque até lá não há possibilidade de realizar todos os processos exigidos por uma operação desta natureza.A responsável contou ao Jornal A Guarda que desde o encerramento das instalações, em Novembro do ano passado, os 17 funcionários da autarquia (incluindo dois técnicos superiores), três POC´s do Centro de Emprego e elementos de uma empresa especializada em higienização, têm realizado uma incansável tarefa de preparação do espólio para a mudança para as novas instalações.“

A Biblioteca não estava organizada, não tinha registo nem catalogação feita” disse a responsável adiantando que quando iniciou funções, ao deparar com este cenário “abandonou-se a hipótese de reorganizar o que havia e começou-se com o programa informático” onde é feito o registo de cada obra.“É uma Biblioteca por onde passou muita gente mas, o certo é que todas as Bibliotecas têm uma organização, nem que seja em papel e o facto de não haver essa organização já feita, levou a que a tentativa de o fazer não valesse a pena e saltámos já para a informática”, explicou.

Ana Pessanha louva o trabalho que tem sido realizado pelos funcionários mas assegura que no dia da inauguração da nova Biblioteca “não vai estar tudo informatizado mas, o que estará na sala, estará organizado”. “O resto será feito posteriormente. As Bibliotecas fazem-se ao longo dos anos”, disse.

Fonte: Jornal A Guarda
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Sernancelhe: Nova biblioteca com espaços de homenagem a Aquilino Ribeiro

Sernancelhe, no Norte do distrito de Viseu, passa a partir de hoje a contar com uma nova biblioteca municipal, onde é homenageado o escritor Aquilino Ribeiro, natural do concelho.
Nascido na freguesia de Carregal, o Mestre Aquilino dedicou muitos dos seus livros às gentes desta região, que apelidou de "Terras do Demo", e a autarquia quis deixar o seu nome ligado à nova biblioteca.

Hoje à tarde acontecerá a inauguração oficial da biblioteca, onde domingo estarão Aquilino Ribeiro Machado e Mariana Ribeiro, filho e neta de Aquilino Ribeiro, para inaugurar dois dos seus espaços dedicados ao escritor.

A biblioteca tem uma sala de conferências com o nome de Aquilino Ribeiro e também uma sala de leitura infanto-juvenil chamada "Arca de Noé", usando o título de uma obra do escritor, cujos restos mortais foram no ano passado transladados para o Panteão Nacional.

Aquilino Ribeiro escreveu várias obras para esta faixa etária e acabou por chegar às escolas, com "O Malhadinhas" (1958), "Arca de Noé - III Classe" (1935), "Romance da Raposa" (1924) e extractos de "O Livro de Marianinha" (1963), que dedicou à sua neta.
Estudiosos têm defendido que obras do escritor devem recuperar o seu lugar perdido nos manuais escolares.

A autarquia lembra que o edifício que agora acolhe a biblioteca "foi sempre um espaço de educação e de cultura, já que durante décadas funcionou como escola do ensino primário, onde centenas de jovens do concelho de Sernancelhe cumpriram a então escolaridade obrigatória".
A recuperação do edifício e as ampliações laterais orçaram em aproximadamente 600 mil euros, comparticipados em metade pelo Instituto Português do Livro e da Biblioteca.
Foram ainda gastos 110 mil euros em equipamento e mobiliário, 70 mil euros em fundo documental e 75 mil euros em equipamento informático.

"Local de descoberta, onde podemos encontrar respostas para as nossas dúvidas, estudar, pesquisar, passar os tempos livres, sempre em ambiente acolhedor, oferece um conjunto de serviços que a tornam um espaço completo, onde as novas tecnologias, a informática e o audiovisual convivem harmoniosamente com monografias, enciclopédias, dicionários, manuais", sublinha a autarquia.

A biblioteca situa-se no centro histórico da vila de Sernancelhe, integrando um conjunto patrimonial de interesse histórico juntamente com a igreja matriz, o pelourinho e a Casa da Câmara.
AMF.

Fonte: Sapo.pt
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sexta-feira, 4 de julho de 2008

Anadia inaugurou, esta quinta-feira, a sua biblioteca municipal, 20 anos depois...

Anadia inaugurou, esta quinta-feira, a sua biblioteca municipal, 20 anos depois do início do programa que dotou os municípios destes equipamentos. O autarca fez um "mea culpa" pelo atraso, mas deixou críticas ao Governo.

Espaços amplos, mobiliário moderno, recantos mais aconchegados, uma vasta área dedicada à infância e juventude com as novas tecnologias de informação tornam a nova biblioteca de Anadia"um belo equipamento", sublinhou a secretário de Estado da Cultura, Paula Fernandes dos Santos.

Peca apenas por tardia, reconheceu o presidente da Câmara, Litério Marques.
O autarca atribuiu mérito a Teresa Gouveia, que em 1987 criava o Programa da Rede Nacional de Bibliotecas Públicas (PRNBP) - e à Fundação Calouste Gulbenkian que manteve, desde 1967, a Casa dos Livros no concelho -, mas deixou reparos no que respeita à comparticipação estatal da obra.

"A Administração Central não cumpriu cabalmente a sua parte do acordo. Nestes últimos anos, fomos confrontados com cortes no prometido financiamento e, nalguns casos, a Câmara acabou por assumir, na totalidade, despesas previstas no caderno de encargos", afirmou, referindo-se ainda a "alguma inflexibilidade" por parte da Direcção Geral do Livro e das Bibliotecas.
Dirigindo-se à secretária de Estado, Litério recordou que, depois de inaugurar, nos próximos dias, o Cine-teatro, é altura para se lançar no Arquivo Municipal.

"Porque, em termos de sistemas de informação, o trabalho não está concluído, gostaríamos de dar casa própria a uma outra dimensão da memória colectiva, de carácter único e insubstituível, ou seja, construir uma arquivo municipal, se, para tal, conseguirmos obter o necessário apoio". A governante não deu resposta ao repto. Preferiu antes sublinhar as virtudes da parceria entre a Administração Central e o poder local no PRNBP, que permitiu a inauguração de 165 bibliotecas, num investimento de 210 milhões de euros.

Com uma área de 1830 metros quadrados, a Biblioteca Municipal de Anadia dispõe de duas sala de leitura, espaços de ludoteca, mediateca, uma secção de infanto-juvenil e auditório. O investimento ascende aos 2,5 milhões de euros. O processo de construção teve início em 2000, mas o contrato programa foi assinado em apenas em 2004.

A nova biblioteca arruma de vez com o conceito da Casa de Livros da Gulbenkian, durante anos instalada no edifício dos Serviços Municipalizados de Anadia, e também com a provisoriedade da solução, encontrada desde 2001, de guardar os livros no Centro Cultural de Vale de Santo.

Fonte: Jornal de Notícias
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quarta-feira, 25 de junho de 2008

Inauguração da Nova Biblioteca Municipal de Castro Marim

Os castromarinenses podem usufruir, a partir de hoje, 24 de Junho, de um novo espaço de leitura e conhecimento. Trata-se da Biblioteca Municipal de Castro Marim, um investimento que se traduziu em 1 079 512 euros, comparticipado em 50 por cento pelo Ministério da Cultura, através do Instituto Português do Livro e das Bibliotecas (IPLB).

Para o presidente da Câmara Municipal, José Estevens, a inauguração do espaço, inserida nas comemorações do Dia do Município, representa mais um passo em frente no sentido do conhecimento e do desenvolvimento, revestindo-se por isso de uma especial importância. “Temos realizado muitas obras mas porventura nenhuma delas tem o significado que esta hoje tem porque é um sítio de aprendizagem, de conhecimento, de formação, de cultura e esses são elementos fundamentais para que possamos desenvolver-nos” frisou o autarca, durante a inauguração.

Na construção do edifício, houve a preocupação de ligar o passado com o futuro, sem nunca esquecer a arquitectura tradicional de Castro Marim. Aliaram-se os princípios fundamentais da arquitectura tradicional do mediterrâneo e do Gharb al-Andalus, com a utilização de materiais de construção vernaculares. Segundo o autor do projecto, José Alegria, essa ligação passa pelo respeito por elementos como a terra (visíveis nas paredes de terra crua), a água (o pátio com uma fonte), o fogo (utilização de terra cozida e ferro moldado) e o ar (marcado pelo pátio como elemento de ventilação e os painéis de reixa).

A Biblioteca está instalada num edifício existente na vila com uma área total de 1477 m2, dividida por três pisos com várias áreas de utilização, tais como Área de Serviço Interno, Área Infantil, Área de Adultos e Área de Utilização Comum. O projecto integra um auditório com capacidade para 200 lugares (incluído por vontade da Câmara Municipal), sala de exposições, cafetaria, páteo central e espaço polivalente/audição informal de música.

Fonte:Região Sul
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segunda-feira, 2 de junho de 2008

Um ano de Bibliotecas hPortuguesas

Fez dia 30 de Maio de 2008, um ano que foi criado este blogue, Bibliotecas Portuguesas.
Antes de ter criado este Blogue, estive envolvido num projecto em parceria com o meu colega e amigo, Fernando Vilarinho, no blogue criado por ele: "Bibliotecas de Portugal".
Foi um blogue que me deu imenso prazer contribuir, em que ficou evidenciada pela aderência dos bloguistas, do público e adeptos em geral das Bibliotecas.
Findo esse Blogue, restou a amizade e as trocas de experiências na área das Bibliotecas de Portugal.
Foi com essa experiência que tive a ideia de criar um novo blogue, Bibliotecas Portuguesas.
Faz agora um ano que está em activo, que contribuo com informações, com artigos sobre as Bibliotecas Portuguesas.
Claro que o blogue não é perfeito, nada na vida é perfeito, estamos sempre a aprender, a desenvolver e adquirir novas competências.
Com essa premissa fica aqui o desejo e a intenção de que tentarei durante este ano de 2008 melhorar este espaço que é vosso, com novos artigos, novas ideias, e um novo arranjo gráfico.
Obrigado a todos aqueles que visitam este blogue e que participam nele com os seus comentários.

José Pedro Silva

domingo, 25 de maio de 2008

Guarda: Livros doados por Eduardo Lourenço terão espaço próprio na nova biblioteca da cidade

A nova biblioteca municipal da Guarda vai ter uma área própria destinada aos cerca de três mil livros doados pelo ensaísta Eduardo Lourenço, anunciou hoje o presidente da Câmara da cidade.
Segundo o autarca socialista Joaquim Valente, o espólio hoje entregue, que terá a designação "Eduardo Lourenço", ficará exposto ao público, "como um todo independente", na nova biblioteca que será inaugurada a 27 de Novembro, no dia da cidade.

Anunciou que o legado oferecido pelo ensaísta natural de S. Pedro do Rio Seco, Almeida, distrito da Guarda, ocupará um espaço "individualizado, fisicamente separado e distinto de quaisquer outras obras ou documentos com diferentes proveniências".

Acrescentou que o regulamento da biblioteca municipal - que terá o nome do ensaísta - irá prever "especiais medidas no que respeita a consulta e saída de documentos" do fundo dedicado a Eduardo Lourenço, que hoje comemorou a passagem do seu 85º aniversário na Guarda, participando em actividades promovidas pelo Centro de Estudos Ibéricos (CEI).

"Sei que estes três mil volumes, vindos da sua biblioteca particular em Vence [França], foram escolhidos um a um, de forma criteriosa e cuidada", disse o autarca, dirigindo-se ao doador do espólio bibliográfico, na cerimónia de formalização da cedência, realizada na sala de Sessões da Assembleia Municipal.

Joaquim Valente também considerou que o gesto do ensaísta "é bem revelador da estima que nutre pela Guarda e da confiança que manifesta nesta Câmara Municipal, que passa a ser a fiel depositária deste seu espólio".

"Tudo faremos, senhor professor, para estar à altura de tal responsabilidade", disse o autarca, observando que a "generosa" oferta "muito enriquece o património cultural da Guarda".
"Com esta doação estou dizendo adeus a mim mesmo e estou preparando o mais confortável dos túmulos", afirmou Eduardo Lourenço, quando discursava na sessão que assinalou a entrega oficial dos livros escritos em Língua Portuguesa.

Contudo, salientou que o facto de serem disponibilizados na biblioteca que terá o seu nome, "é como dar-lhe uma outra vida, uma memória futura", porque "esses livros serão lidos por outros mais jovens".

O filófo e ensaísa fez uam confissão acerca das obras que doou: "São os livros dos meus amores, dos meus estudos, das minhas paixões literárias".
O gesto "é uma maneira de consagrar à capital do distrito onde eu nasci, uma função de preservar alguma coisa do menino que eu fui nesta cidade, onde entrei para o Liceu, aos dez anos, onde fiz a terceira classe e a quem me ligam tantos laços afectivos", acrescentou.

Os livros da colecção particular de Eduardo Lourenço vão juntar-se ao espéloio de mais de 75 mil títulos que já tem a nova biblioteca municipal da Guarda.
A construção da nova biblioteca foi iniciada em 2004, na Quinta do Alarcão, no mesmo local onde se encontra a sede do CEI, uma associação transfronteiriça sem fins lucrativos, que nasceu de um desafio lançado pelo ensaísta Eduardo Lourenço na sessão solene comemorativa do Oitavo Centenário do Foral da Guarda, em 1999.

Tendo em conta a localização geográfica da cidade, o pensador lançou a proposta para a criação de um Instituto da Civilização Ibérica, que acabou por se chamar Centro de Estudos Ibéricos.
Foi criado numa parceria da Câmara Municipal da Guarda com as universidades de Coimbra e de Salamanca (Espanha), envolvendo mais tarde o Instituto Politécnico local.

A nova biblioteca Eduardo Lourenço, no valor de 1,7 milhões de euros, foi candidatada a fundos comunitários, numa parceria que abrangeu a Câmara Municipal da Guarda, a Universidade de Salamanca e o CEI.
ASR.

Fonte: Noticias.sapo.pt
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