domingo, 27 de julho de 2008

Começou a operação de transferência de livros para a nova Biblioteca

A nova Biblioteca Municipal da Guarda, que deverá ser inaugurada no dia 27 de Novembro, dia do Feriado Municipal, já começou a receber o fundo documental que ficará acessível aos utilizadores.

Na segunda-feira, dia 21 de Julho, decorreu a entrega formal do edifício à Câmara Municipal, entidade proprietária do imóvel, e sob a coordenação da directora da Biblioteca, Ana Pessanha, foi iniciado o processo de transferência do espólio bibliográfico e documental do edifício do Solar Teles de Vasconcelos, onde funcionava a Biblioteca Municipal, para as novas instalações na Quinta do Alarcão, junto do Centro de Estudos Ibéricos.A nova Biblioteca, que tem o nome do ensaísta Eduardo Lourenço, começou por receber os primeiros livros que vão ser desinfestados antes de serem colocados à disposição do público.

O processo de desinfestação assenta num sistema designado por “bolha” que contempla a utilização de estruturas de papel de alumínio vulcanizado, hermeticamente fechadas, onde será introduzido azoto e retirado o oxigénio, para eliminar os “bichinhos” que atacam os livros.Só após a realização deste processo é que o vasto fundo documental e livreiro será colocado nas salas e disponibilizado aos utentes da futura Biblioteca Municipal.

No entanto, a directora da Biblioteca, Ana Pessanha, garante que na abertura do novo equipamento, não será disponibilizada a totalidade das obras existentes, cerca de 75 mil, porque até lá não há possibilidade de realizar todos os processos exigidos por uma operação desta natureza.A responsável contou ao Jornal A Guarda que desde o encerramento das instalações, em Novembro do ano passado, os 17 funcionários da autarquia (incluindo dois técnicos superiores), três POC´s do Centro de Emprego e elementos de uma empresa especializada em higienização, têm realizado uma incansável tarefa de preparação do espólio para a mudança para as novas instalações.“

A Biblioteca não estava organizada, não tinha registo nem catalogação feita” disse a responsável adiantando que quando iniciou funções, ao deparar com este cenário “abandonou-se a hipótese de reorganizar o que havia e começou-se com o programa informático” onde é feito o registo de cada obra.“É uma Biblioteca por onde passou muita gente mas, o certo é que todas as Bibliotecas têm uma organização, nem que seja em papel e o facto de não haver essa organização já feita, levou a que a tentativa de o fazer não valesse a pena e saltámos já para a informática”, explicou.

Ana Pessanha louva o trabalho que tem sido realizado pelos funcionários mas assegura que no dia da inauguração da nova Biblioteca “não vai estar tudo informatizado mas, o que estará na sala, estará organizado”. “O resto será feito posteriormente. As Bibliotecas fazem-se ao longo dos anos”, disse.

Fonte: Jornal A Guarda
Etiquetas - Bibliotecas Públicas , Equipamento, instalações e mobiliário

1 comentário:

Anónimo disse...

Caro José Pedro Silva,
a sina continua nas Bibliotecas da RNBP, inaugura-se sem livros, ou com livros muito antigos, e mtas vezes, mais de 50% do acervo fica por tratar.
Mais vale ter menos livros, mas que serão utilizados, do que mtos que não terão qq uso.
Na RNBP esquece-se que a função da preservação cabe à Biblioteca Nacional, e que a RNBP não tem como missão principal funcionar como depósito de livros, muito interessantes para poucos e q são usados para colmatar a escassez de documentos novos e actuais, tão necessários aos utilizadores.
Abraço

Nuno Ferreira