Um mês depois de mais uma interrupção na construção da Biblioteca Eduardo Lourenço, na Guarda, a obra continua parada. Em Julho, a empresa construtora Condop – Construções e Obras Públicas, SA abandonou a empreitada, alegando falta de pagamento por parte da autarquia. A edilidade, por sua vez, descarta responsabilidades no acto. Virgílio Bento, vice-presidente da Câmara da Guarda, argumenta que “a empresa pode alegar o que quiser”.
“Nós estamos de consciência tranquila e, a haver dívida, é só com o banco a quem nós cedemos os créditos”, explica o elemento do executivo municipal liderado por Joaquim Valente. Isto porque, recorda, o município “recorreu ao sistema de «factoring», ou seja, transfere as dívidas para uma entidade bancária e esta assume os compromissos financeiros com a empresa”.
Por outro lado, o autarca explica que “a situação não tem a ver apenas com esta obra da Guarda, mas é um problema global da empresa, já que todas as obras que tinha a seu cargo foram abandonadas, quer no distrito, quer fora”.Virgílio Bento escusa-se a falar em qualquer prazo de retoma dos trabalhos. Segundo o vice-presidente, “tudo depende da própria empresa, da possibilidade de querer entregar a obra, de entrega-la a outra empresa ou declarar falência”.
“Vamos ver quais as soluções que pretende tomar”, afirma, em declarações ao Diário XXI.Para já, acrescenta, que “não está em curso processo judicial nenhum”, mas que também “não tem havido diálogo”. Ainda assim, justifica que a autarquia guardense está a “accionar todos os mecanismos para resolver o problema”. Movimentações que permitem vislumbrar possíveis alternativas.
“Há várias soluções e várias hipóteses”, declara. Excluída está a intenção de a inaugurar no dia 27 de Novembro, dia em que se assinala o feriado municipal da Guarda.INFRA-ESTRUTURA ORÇADA EM 1,7 MILHÕES DE EUROS Orçada em 1,7 milhões de euros, a biblioteca instalada na Quinta do Alarcão teve início de obra em 2003 e passou por vários contratempos e paragens.
A infra-estrutura tinha ainda sido candidatada ao Instituto Português do Livro e das Bibliotecas e ao programa Interreg, tendo estado em riso de perder esses fundos por incumprimento de prazos.
Neste momento, Virgílio Bento mostra-se menos preocupado em relação ao valor restante que terá que ser utilizado até Dezembro dado que, explica, “grande parte do financiamento do Interreg já foi gasto”.
Fonte: Diário XXI
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